Empreendedorismo. Parte 1 de 2. Por Paulo Leão

“Entrepreuner” foi a palavra que deu origem ao conceito que temos hoje de “Empreendedor”. A origem deste conceito deu-se na França do século XVII, através do economista Richard Cantillon. Eram chamados de empreendedores os homens que assumiam o gerenciamento de grandes construções: igrejas, castelos.

Com os anos esse conceito foi sendo ampliado. Jean-Baptiste Say introduziu a questão do lucro, afinal, o empreendimento tinha que ter um resultado positivo. Além disso, Say diferenciou o capitalista do empreendedor. O capitalista era apenas o investidor, sem participação na gestão do empreendimento.
Mais tarde, o conceito teve mais dois valores agregados. O empreendedor, então, foi definido como inovador (Joseph Schumpeter) e como aquele que corre riscos calculados (Peter Drucker). Posteriormente, definiu-se que o empreendedor também pode ser empregado. Criou-se assim, a figura do intraempreendedor, inovando e correndo riscos calculados, trabalhando dentro da organização.
O empreendedorismo ganhou força no Brasil depois da década de 1990. Os principais fatores foram a abertura de mercado e a globalização. Produtos americanos e chineses chegavam ao Brasil com qualidade e preço muito mais vantajosos que os produtos brasileiros. As confecções e a indústria de brinquedos foram os segmentos que mais sofreram. Muitas empresas faliram. As que não faliram, reinventaram-se, adaptaram-se, e num exemplo de empreendedorismo estão forçosamente, hoje, mais fortes do que antes.
A pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), realizada em vários países, apontou o Brasil como o 6o. no ranking mundial em 2009. Publicados em abril de 2010, os resultados mostram ainda a consolidação de dois pontos interessantes. O primeiro deles é a maioria de mulheres entre os empreendedores iniciais. Essa perspectiva era apontada há alguns anos e este ano definiu-se de vez. O segundo destaque é que os empreendedores por oportunidade (61%), foram bastante mais representativos do que os empreendedores por necessidade (39%). Mesmo se considerarmos a crise! Traduzindo, quer dizer que o brasileiro pode ter tomado gosto por empreender. Talvez, quem estava em casa, sem trabalho formal, resolveu abrir seu próprio negocio. Muito mais do que os que perderam o emprego e se viram sem outra saída que não abrir um negócio.
O período crítico para quem quer implementar um projeto são os primeiros quatro anos. Praticamente uma em cada três empresas aberta fracassa no primeiro ano. Metade, quebra até o segundo ano. Os empreendimentos que sobrevivem aos primeiros quatro anos tendem a se estabilizar.
As pessoas que abrem, compram ou mantêm um negócio fazendo sucesso, têm certas características que costumam ser recorrentes entre estes corajosos. Podemos dividir estas características padrão em três blocos: o bloco de realização, o de planejamento e o de poder. No bloco de realização – cavam oportunidades, gostam de desafios, são persistentes e comprometidas, correm riscos calculados e têm um nível de exigência muito alto. No bloco de planejamento – são movidas por metas, obcecadas por informação e promovem monitoramento sistemático. Por fim, no bloco de poder, os empreendedores de sucesso tem uma volumosa rede de contatos de qualidade, são independentes e autoconfiantes. 
Na sexta feira estará disponível a parte final... Nos encontramos lá. 
Veja a apresentação desta aula aqui. 
Sucesso!
 Juntos somos mais!
Fonte da imagem: http://pensarseixal.files.wordpress.com/2009/02/empreendedorismo.jpg
Paulo Leão

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