ESTRATÉGIA - VANTAGEM COMPETITIVA: A ESTRATÉGIA DE MELHORIA DE PERFORMANCE EMPRESARIAL PELO INVESTIMENTO EM PESSOAS / PARTE I



Definitivamente não é nada simples a tarefa de alguém que se dispõem a definir o que é a palavra estratégia. A palavra é muito usada e percebe-se certa dificuldade de compreensão a seu respeito. No mínimo, existe dificuldade de linkar a definição teórica que qualquer pessoa possa dar, a exemplos práticos de estratégia. “Planos da alta administração para atingir resultados consistentes com as missões e objetivos da organização” (Wright et al., 1992:3 apud MINTZBERG, 2000). Ainda seguindo a teoria de Mintzberg (2000), afirmo que a estratégia (para não mencionar dez escolas, diferentes entre seus conceitos e aplicações, na maioria dos casos) requer uma série de definições. Estratégia é um padrão, isto é, consistência em comportamento ao longo do tempo. Ambas as definições parecem ser válidas: as organizações desenvolvem planos para seu futuro e também extraem padrões de seu passado. Podemos chamar uma de estratégia pretendida e a outra de estratégia realizada.

A realização perfeita de uma estratégia significa previsão brilhante, para não mencionar a disposição para adaptar-se a eventos inesperados, ao passo que a não-realização sugere uma certa dose de negligência. O mundo real exige pensar à frente e também alguma adaptação durante o percurso. Poucas – ou nenhuma – estratégia são puramente deliberadas, assim como poucas são totalmente emergentes. Todas as estratégias da vida real precisam misturar as duas de alguma forma: exercer controle fomentando o aprendizado.


Como reiterou recentemente Michael Porter (1996, apud MINTZBERG, 2000), “estratégia é a criação de uma posição única e valiosa, envolvendo um conjunto diferente de atividades”. Na memorável frase de Peter Drucker (1970, apud MINTZBERG, 2000), esta é a “teoria do negócio”.

Entre as 10 escolas estratégicas de Mintzberg (2000) - a saber: design, planejamento, posicionamento, empreendedora, cognitiva, aprendizado, poder, cultural, ambiental e de configuração - vamos focar-nos pela afinidade com o tópico abordado, na Escola de Configuração que trata a formação da estratégia como um processo de transformação. Mintzberg (2000) cita uma frase muito apropriada de Stephen Jay Gould: “A história de qualquer parte da Terra, como a vida de um soldado, consiste de longos períodos de tédio e curtos períodos de terror”.

Existem dois lados principais desta escola, refletidos em nossos dois rótulos do título. Um descreve estados – da organização e do contexto que a cerca – como configurações. O outro descreve o processo de geração de estratégia – como transformação. Esses dois lados, ajudam a entender melhor a definição de estratégia de configuração, misturando-se, pois a situação acontece à medida que surgem as mudanças estratégicas e as mudanças estratégicas acontecem à medida que as mudanças surgem, considerando tanto o ambiente (como sugere a escola ambiental), quanto a própria empresa (como na escola de aprendizado, por exemplo). Se uma organização adota estados de ser, então a geração de estratégia torna-se um processo de saltar de um estado para outro. Em outras palavras, a transformação é uma conseqüência inevitável da configuração. Há um tempo para coerência e um tempo para mudar. Isto é compatível com a idéia que estratégia, embora trate de mudanças, na verdade objetiva continuidade como padrão emergente pelo qual estes padrões são estabelecidos. Em outras palavras, embora o processo de geração de estratégia possa se dispor a mudar a direção na qual uma organização está indo, as estratégias resultantes estabilizam esta direção.

O que de fato acontece em nosso caso é que à medida que a organização empreendedora torna-se madura, o estado inicial dá lugar a uma estrutura mais formalizada, que depende de processos de planejamento.

Sucesso!

Juntos somos mais!

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