MINHA MULHER DIZ QUE A EMPREGADA NÃO A ESCUTA



Sete e meia da noite. Nossa ajudante deve ter saído lá pelas quatro da tarde, quando ainda não estávamos. Se tudo acontecer normalmente, assim que entrarmos em casa eu vou ouvir: “Eu disse a ela para trocar esse por aquele. Eu disse também para fazer de morango e não de limão.” Engraçado como em quase toda vez que o assunto comunicação surge, eu me recordo de uma situação parecida!

Certa vez participei de uma prática lúdica, muito interessante! Eram peças como as de um quebra cabeças. Só que cada uma tinha formatos e cores diferentes das outras. Ciclano recebia um conjunto de peças e Fulano recebia a forma que as peças deveriam ter ao final do exercício. O restante do pessoal só assistia. Vez ou outra aparecia uma cabeça na porta que se abria para tentar descobrir o motivo de tanta risada.


Aconteceu nessa dinâmica justamente o que acontece no cotidiano. Quem “escutava” não entendia a mensagem que deveria ser transmitida por quem “falava”. Essa é a principal característica da quebra do processo de comunicação. Se Fulano fala e Ciclano não entende, não há comunicação, por mais claro que Fulano pense que esteja sendo. Voltando ao exercício, as formas e cores eram diferentes entre os participantes. “Pegue agora o quadrado azul e coloque acima do retângulo amarelo”. Só que o quadrado azul que estava com Ciclano era o pequeno. Fulano estava na verdade se referindo ao quadrado grande, que para Ciclano era verde. Não conseguiriam montar a mesma figura nunca! Igualzinho minha esposa com a ajudante!

Imagine essa situação numa venda ou numa negociação?! Terrível!

Uma boa dica é certificar-se que seu ouvinte não apenas ouviu, como escutou e entendeu. Vale inclusive perguntar, sondando com muito tato para ter certeza de que a mensagem foi captada como deveria. A expressão corporal do seu ouvinte geralmente ajuda bastante a perceber se o que você quis dizer foi assimilado. Mas, isso é papo para outro dia.

Sucesso!

Juntos somos mais!

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- Ouvidoria -